O Evangelho de Judas é a mais significativa descoberta de texto não bíblico dos últimos 60 anos. Na verdade, porém, é apenas mais um dos tantos (mais de 30) Evangelhos apócrifos que foram escritos a partir do segundo século.
Esses Evangelhos apócrifos, muitos dos quais seguem uma linha gnóstica, pressupõem a existência dos Evangelhos canônicos e tratam de preencher as “lacunas” que estes deixaram.
Um Evangelho desses é uma obra de ficção, que não representa nenhuma ameaça aos fundamentos do Cristianismo. Tem seu valor histórico, mas não para a história de Jesus e seus discípulos ou para o Cristianismo do primeiro século.
Amplia isto sim, nosso conhecimento das crenças gnósticas daquele tempo. Deixa claro que essas pessoas julgavam que a salvação só era possível através da gnose, um conhecimento secreto transmitido por Jesus.
A cruz de Cristo não lhes interessava, muito menos a ressurreição. Isso explica por que o Evangelho de Judas termina no momento em que Jesus é entregue às autoridades.
Leia também:
O Evangelho de Judas - Parte I - Introdução
O Evangelho de Judas - Parte II - O conteúdo
O Evangelho de Judas - Parte IV - Sobre o ato da traição?